foto: (José Marques)
O governador João Azevêdo e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitaram, na manhã desta quarta-feira (16), as obras dos lotes 1 e 2 do canal Acauã-Araçagi. Na ocasião, foram acionadas as válvulas dispersoras na barragem de Acauã (equipamento que controla a vazão). Com isso, o canal referente ao lote 1 passou a ser abastecido, o que beneficia, nesta primeira etapa 15 municípios, ao longo de 44,9 quilômetros — a vazão é de 10 m³/segundo.
Durante a visita, João Azevêdo destacou a capacidade que o projeto tem de trazer benefícios imediatos. “O Canal Acauã-Araçagi foi concebido de modo que, à medida que for sendo construído, já vai poder ser utilizado, de já entrar em operação. Por isso, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos já está trabalhando no aproveitamento dessa água e de como fazer a sua distribuição, principalmente na produção agrícola”, afirmou, ao lado do secretário da pasta, Deusdete Queiroga.
“É importante, ainda, a gente entender que essa água que chega a Acauã, que vem lá de Boqueirão, que é uma água que vem lá da transposição do São Francisco, ela possa ser distribuída principalmente com os assentamentos do Incra — esse trajeto do canal foi pensado para passar no máximo possível de assentamentos. Eu não tenho dúvida nenhuma de que a resposta será muito grande para a economia e para a produção de alimentos”, prosseguiu o gestor paraibano.
Por sua vez, o ministro Waldez Góes afirmou que projetos de segurança hídrica são prioridades para o Governo Federal. “A parte de segurança hídrica, que compreende toda essa interligação com o Rio São Francisco, revitalização de bacias, também de irrigação, dentro desse contexto que o governador João Azevêdo está colocando, são prioridades do Governo Lula. Tanto que o presidente Lula garantiu cem por cento dos recursos necessários para conclusão da primeira, da segunda e da terceira etapa, que ainda vai ser licitada”, ressaltou.
A visita do governador João Azevêdo e do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, foi acompanhada pelo vice-governador Lucas Ribeiro e por auxiliares da gestão estadual, a exemplo de Ronaldo Guerra (Chefia de Gabinete) e Nonato Bandeira (Comunicação Institucional), além do deputado estadual João Gonçalves e lideranças políticas da região.
Estão sendo investidos no projeto do Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba — Canal Acauã-Araçagi — R$ 1 bilhão e 42 milhões nesses dois primeiros lotes, recursos do Governo Federal e do Tesouro estadual. São 17 segmentos de canais abertos com seção trapezoidal, totalizando 130,44 quilômetros.
Esses investimentos vão garantir o abastecimento de água potável para 38 municípios da região, em caráter regular e contínuo. Já durante o período seco, as obras vão permitir o suprimento de água, atendendo a uma área de aproximadamente 16 mil hectares de terras irrigadas, beneficiando mais de 600 mil pessoas, desde o Açude Acauã até o Rio Camaratuba.
Novos tempos – O Canal Acauã-Araçagi significa a redenção de uma região fortemente atingida pela seca e com vocação agrícola indiscutível — solo de boa qualidade e aptidão para a agricultura irrigada.
A obra vai possibilitar atender outros projetos implantados ao longo do Canal Acauã-Araçagi, como os de piscicultura e carcinicultura, trazendo desenvolvimento econômico para os 38 municípios contemplados — Alagoinha, Araçagi, Belém, Caiçara, Caldas Brandão, Campo de Santana, Capim, Cruz do Espírito Santo, Curral de Cima, Cuité de Mamanguape, Cuitegi, Ingá, Duas Estradas, Guarabira, Gurinhém, Itabaiana, Itapororoca, Itatuba, Jacaraú, Juripiranga, Logradouro, Mamanguape, Mari, Mogeiro, Mulungu, Pedras de Fogo, Pedro Régis, Pilar, Pirpirituba, Riachão do Poço, Salgado de São Félix, Santa Rita, São José dos Ramos, São Miguel de Taipu, Sapé, Serra Raiz, Sertãozinho e Sobrado.
As Vertentes Litorâneas — Canal Acauã-Araçagi — são consideradas a maior obra hídrica já realizada na Paraíba e a segunda da região Nordeste.
Secom