Foto: (Reprodução)
Após um 2023 tumultuado politicamente, e sem espaços partidários – seja no PL ou em outras legendas -, a “saga” de Nilvan Ferreira chegou ao fim em João Pessoa, pelo menos para as eleições deste ano. Restou ao comunicador, desistir da disputa. E, quem sabe, ir em busca de outro colégio eleitoral.
O que provocou a derrocada de Nilvan, enquanto liderança política, não foi apenas a falta de um partido com robustez para sustentar uma campanha, mas posicionamentos até radicais e uma tentativa de disputar a atenção do partido com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não pode se dar ao luxo de escolher ou colocar o “pé no bucho”.
Tudo começou ainda no processo eleitoral de 2022. Mesmo internamente já às turras com o deputado federal Wellington Roberto, presidente do PL na Paraíba, e sem recursos do fundo partidário, ficou em terceiro na disputa pelo governo da Paraíba.
Acusações públicas ao presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e a Wellington, troca de farpas com o ex-ministro Marcelo Queiroga, que tomou o lugar do comunicador na disputa, não foram estratégicas em um momento em que o silêncio teria sido melhor aliado.
Acabou dando voz à velha política de guerra, que usa as armas do “inimigo” para aniquila-lo. Por ora, em João Pessoa, conseguiram o feito.
O capital eleitoral de Nilvan não pode ser ignorado, ao contrário, ele só precisa saber usá-lo, livre de ranços ou pensamentos fixos. Um passo atrás não é demérito, mas é preciso estar atento para não ficar para trás, de vez.
A pergunta a ser feita agora: para onde vai Nilvan Ferreira?
Com Sony Lacerda