Após prisão de prefeito em operação da PF, vice toma posse na prefeitura de São Mamede, PB

O vice-prefeito Francisco das Chagas Lopes de Souza Filho (DEM), conhecido como Chaguinha Filho, tomou posse na tarde desta terça-feira (15), como prefeito interino de São Mamede, no Sertão da Paraíba. Ele assume no lugar do prefeito Umberto Jefferson (DEM), alvo de operação “Festa no Terreiro 2” da Polícia Federal, que foi preso e afastado do cargo.

Em sessão extraordinária realizada pela Câmara Municipal de São Mamede, Francisco das Chagas afirmou que se sente triste por assumir o cargo de prefeito na atual circunstância. “Assumindo aqui o compromisso, que foi feito com os nossos eleitores nas eleições passadas. Venho de forma muito sincera dizer a todos vocês que nesse momento meu coração se mostra um pouco triste. Não era dessa forma que gostaria de assumir”, afirmou.

A segunda fase da operação “Festa no Terreiro”, realizada na manhã desta terça-feira (15), visou combater o direcionamento de licitações, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro no município.

A defesa do prefeito realizada pelo advogado Alexandre Nunes afirmou em entrevista à TV Cabo Branco que não havia necessidade de prisão preventiva, pois o Umberto estava contribuindo com as investigações. “Iremos em breve impetrar a ação penal cabível” ,informou.

Segundo a PF, além de Umberto Jefferson (DEM), também foram presos Maxwell Brian, Josivan Marques e Eumar Carvalho Maia. João Lopes Neto está foragido.

Os presos passaram por audiência de custódia ainda pela manhã e as prisões foram mantidas. Presos estão na Sede do Batalhão do Corpo de Bombeiros em Patos.

A operação, batizada de “Festa no Terreiro 2”, é a continuação da investigação que culminou com a primeira fase da operação, em 2 de março deste ano, e que apura prejuízos de cerca de R$ 8 milhões aos cofres públicos. Por sua vez, a própria operação Festa no Terreiro já é um desdobramento da operação Bleeder, cuja primeira fase aconteceu em 2021, e a fase mais recente foi no dia 9 de março. O nome da operação é uma referência ao termo usado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações.

G1 Paraíba

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