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Nos bastidores, o senador Efraim Filho (União Brasil) já sabe que não contará com o apoio de grande parte do grupo Cunha Lima. Pensando nisso, aposta na união da direita conservadora para chegar a um eventual segundo turno nas eleições estaduais do próximo ano.
Ele lembrou do desempenho do comunicador Nilvan Ferreira em 2022, quando ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo da Paraíba. Ele concorreu pelo PL, deixou a legenda logo depois e, agora, está de volta ao partido.
Hoje, o PL é o principal aliado de Efraim para a disputa de 2026. Foi abraçado pelo bolsonarismo e assumiu de vez a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e das pautas defendidas pela direita no Congresso.
Efraim lembrou que, mesmo sem estrutura no interior, Nilvan alcançou 19% dos votos, onde a base do senador é majoritária.
Para o senador, a repetição de um bom desempenho nos dois maiores colégios eleitorais do estado somada ao avanço no interior torna o cálculo matemático favorável.
“Se a gente repete o desempenho em João Pessoa, Campina Grande e na Grande João Pessoa, e soma com a capilaridade que a gente tem no interior, chegar aos 30 pontos é plenamente plausível e razoável. Com três candidaturas, se eu passo dos 30 pontos, eu tô no segundo turno. Esse é o caminho, nós chegaremos ao segundo turno”, analisou.
Efraim quer a união da direita, mas existem algumas pequenos entraves. A volta de Nilvan no PL, por exemplo, não é unanimidade e ten gerado mal-estar em setores da direita. Os deputados estaduais Sargento Neto e Walber Virgolino não engolem o retorno do comunicador, que é pré-candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Tem ainda a situação do partido NOVO, que lançou a pré-candidatura de Major Fábio Rodrigues ao Senado e tem encontrado barreiras junto ao PL, de quem tem sido aliado nas últimas eleições. A pretensa chapa de Efraim tem uma vaga ao Senado em aberto.
Além de Efraim, as oposições têm ainda o nome do prefeito da Capital, Cícero Lucena (MDB), que deve abraçar o projeto à reeleição do presidente Lula.
Pela base do governador João Azevêdo, o nome para a disputa é o do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), que também busca manter o PT na aliança.
Por Sony Lacerda



